quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Válvula.

Talvez as palavras não consiga transmitir o que sinto aqui. Essa onda boa de pensamentos e saudades. Saudade boa sabe? Essas raras de se sentir. Um sorriso que brota sem explicação, um gosto que prevaleceu depois de tantos anos. É difícil falar de você, aliás, é preocupante, é o meu segundo texto de você aqui. Logo eu, que enterrei essa parte da minha vida, quis abrir a cova para ver o que ainda tinha. Fuçar em caixas, rê-ler cartas e ainda sentir o perfume dos moveis novos, chega ser torturante. Mas uma tortura, que, eu euforicamente gosto! Sempre gostei talvez. A gente não esquece as pessoas, simplesmente tira elas do foco, e eu fiz isso, milhares e milhares de vezes, com centenas de pessoas, e você foi uma delas. Mas nunca neguei o sorriso que me vinha ao lembrar de você. Ser eu mesma, coisa que talvez eu tenha esquecido como era. Rir de coisas estupidas e não ter receio de ser repreendida. Deve ser passageiro, pode ser o que for, uns dizem que é paixonite, outros dizem que é loucura. Eu chamo de válvula de escape.

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